Da vida real aos quadrinhos da Turma da Monica, o amor nos rodea e laça-nos com força, quando nos
prende é difícil de soltar e tudo que podemos fazer é amar e amar, alguém
cantou isso. Em nossas vidas – el amor
está por encima de todo – ou pelo menos deveria ser dessa forma, mas como procede pensar o que é o amor, mesmo
que seja sabido que nos dias de hoje o capitalismo
tenha o transformado em uma
mercadoria barata, daquelas da vitrine e do filme comercial que faz a
propaganda do shopping; como diria Nelson
Rodrigues: “o dinheiro compra até o amor verdadeiro”.
Gostei dessa definição do amor dada pelo dicionário Houaiss:
“comunhão íntima, coesão com o universo,
com ou sem conotação religiosa” esse é o amor que eu acredito e que
sinto, deveria ser assim também o amor da companheira de Calabar, Bárbara, que disse
no teatro: “(...) para Calabar morrer é
preciso que também me matem. Porque eu o amo. Para Calabar morrer, é preciso que
também me esquartejem. Porque eu o amo demais...” (CALARBAR, O ELOGIO DA
TRAIÇÃO). Esse é o tipo de declaração que o tempo não estraga e me faz dar
rosas nos dias de hoje, onde isso também perdeu seu valor.
Vinicius de Moraes, “de
todo meu amor serei atento / antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto / que
mesmo em face de maior encanto/ dele se encante mais meu pensamento...”; ou
GHIRALDELLI, citando NOZICK: “o amor como
relação cria algo além do eu e do tu, cria o ‘nós’”; criam uma comum unidade no pensamento do amor onde o eu e o
tu viram um só.
Mas para mim, Bárbara em suas palavras já citadas definem o que sinto: o amor está
acima do céu e da terra, da vida e da morte. Sem meu amor sou um trem
desgovernado. Contos e poesias, e mesmo o mundo transviado de hoje em dia não me
mata esse romantismo desenfreado que acho - eu - que morrerá na corrida pelo
capital.
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