sábado, 20 de julho de 2013

Coisas de quem espera

Não muda o tempo, não muda a música da rádio clube, não chega nenhuma nova mensagem, stop, o tempo parou ou foi automóvel*. É que me sinto no meu próprio filme da  "Nouvelle Vague", as vezes ou quase sempre meu mundo está em preto e branco, e isso não é ruim, mas o tempo cuida de deixa-lo ainda mais pequeno e angustiante, com uma grande perspectiva de um final triste. Uma morte a tiro, um amor que se finda, que se acaba, que se vai. Um amor que não vai, que não se finda,   que não acaba. Um sentimento que te leva pra outro estante, um estante antes, um dia depois. Não sei por qual motivo escrevo, só sei que escrevo, pra não se afogar, mas é tudo um questão de ver, de se olhar. Pois nada ainda findou, assim será um filme meu, meu oito milimétricos P&B, real e triste. 

ISAK DE CASTRO
20 de julho de 2013



*Drummond 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vivre sa vie - Godard - Fotos - Tristeza.






Angústia - Graciliano Ramos - Ninguém Mata por AMAR, Mata-se por Angústia.


O amor que todos contam pelas estradas da vida e que de certa forma move algumas realidade possíveis e imagináveis as vezes é culpado por mortes, mas é improvável que se mate por amar, mata-se pela angústia gerada ao perceber ao quão  discar tavel é sua presença a pessoa amada. Em seu romance não tão celebrado, mas celebre,   Graciliano Ramos, terce a história de Luiz, um funcionário publico que se apaixona por Marina e ao decorrer da obra faz das tripas coração para constituir com ela uma família, preste a casar as coisas mudam, ele é traído por um conhecido que em paginas futuras será defunto de nome Julião Tavares, a obra é cheia de meandros que te levam a realidades diversas.  (...) "Em duas horas escrevo uma palavra: Marina. Depois, aproveitando letras deste nome, arranjo coisas absurdas: ar, mar, rima, arma, ira, amar.  (...)Comovo-me lendo os sofrimentos alheios, penso nas minhas misérias passadas, nas viagens pelas fazendas, no sono curto à beira da estrada ou nos bancos de jardins (...).  Não vou contar muito da obra, só os trechos que colei aqui, pra que se você vier a ter gosto que leia o livro, mas umas das minhas ideias vindas de lá, vem descriminada: não se mata  por amor, mata-se por angustia. Quem ama não mata. 

sa vie





Agora, depois da  tempestade -- pouco --  o simples ou quase nada me surpreende. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

post rápido

Contava uma história um senhor a muito tempo atrás, num bonde sem freio, numa esquina sem bocas. Contava que amar era o segredo pra poesia, e amar de mais faz o poeta descobrir o mundo, contava esse velho que só tinha amado uma vez e nesse amor fez-se um eterno código de amar e amar. 

Livros e flores

Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?


quinta-feira, 4 de julho de 2013

A noite vazia

Sem gritos
Sem gemidos
Sem paixão
Noite com lua
Sem amor
O que adianta Beleza

Se não nasce nenhuma flor.